sábado, 24 de novembro de 2012

Torcida Jovem do Flamengo sofreu um novo baque. Nesta quinta-feira, oito integrantes do grupo — incluindo o presidente — foram presos durante a Operação Fair Play, da Polícia Civil, realizada na capital, na Região Metropolitana e no interior do Rio. Eles são investigados pelo assassinato de Diego Martins Leal, torcedor do Vasco, de 30 anos, morto numa briga com flamenguistas no dia 19 de agosto, em Tomás Coelho. O delegado da Divisão de Homicídios da capital, Rivaldo Barbosa, disse que ficou clara a utilização de ensinamentos militares pelos integrantes da torcida. De acordo com ele, o grupo usava batedores e escolta armada em suas ações criminosas.

O presidente de Finanças do Flamengo, Michel Levy, deverá ser ouvido hoje na DH, como testemunha. Em nota, o clube afirmou que “repudia qualquer tipo de violência”.
— A gente pode dizer que isso é uma organização criminosa — disse o delegado Rivaldo Barbosa. — Quem está ligado à milícia, tráfico de drogas e de armas não é integrante de torcida organizada.
Os acusados foram detidos com base em mandados de prisão por homicídio, mas, no decorrer da investigação, podem ser indiciados por outros crimes. Foram apreendidos cerca de R$ 20 mil (inclusive uma quantidade ainda não determinada de dinheiro falsificado), ingressos, um porrete, pelo menos duas armas (uma com numeração raspada), munição, luvas de boxe, drogas, um cofre, celulares e um carro.
Uma das armas estava com o torcedor Fernando Porto de Oliveira, de 24 anos, preso em Volta Redonda, quando seguia para o trabalho — ele é mecânico. Segundo a polícia, a arma, que será periciada, pode ter sido usada no assassinato de Diego. Fernando negou participação no crime.
A segunda arma estava na casa, em Quintino, de Carlos Renato Silva Santos, presidente da torcida organizada, também preso. Os outros detidos são Alexandre de Oliveira Medeiros; Afonso Ribeiro da Silva Júnior; Alan Flores da Costa; Anderson Mendes da Silva; Filipe Ventura dos Santos Silva e Thiago de Oliveira Ramos.
Segundo a chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha, a corporação está monitorando membros de outra torcida organizada:
— A Polícia Civil não vai tolerar qualquer ato de violência praticado por torcedores.

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