Segundo o tenente-coronel Márcio Costa, comandante do 2° RCG, um outro soldado estava manuseando a arma e disparou, atingindo Jair. A vítima era lotada na unidade havia cinco meses. O oficial classificou o incidente como "fatalidade".
“Todos estão muito tristes. Acredito que tenha sido acidental pois os dois soldados eram amigos”, disse o tenente-coronel Marcio Costa.
“Não acredito que foi acidental. Por que o soldado estava armado dentro do alojamento, se não estava de serviço”, questionou o pai, em entrevista à Rede Record.A família do militar morto contesta a versão do Exército. O pai da vítima, Jair da Rosa, quer explicações do Exército sobre a presença de um fuzil dentro do alojamento.
Ele pediu uma segunda perícia, mas o Exército não teria aceitado e desfez o local. O corpo foi encaminhado para o Hospital Central do Exército (HCE), em Benfica.
Morador de Bangu, na Zona Oeste, Jair da Rosa lembrou que o filho havia reclamado de maus tratos. “Uma vez, ele estava indo para o alojamento guardar a farda quando um superior chutou o uniforme e disse: 'Deixa de ser mole!’”, disse.Coice de cavalo
Em outra ocasião, prosseguiu ele, o filho foi hospitalizado após levar coice de cavalo. Logo após a alta médica, foi obrigado a retornar ao serviço, segundo a família.
“Ele sentia muitas dores pelo corpo, mas o superior disse que ficaria de serviço”, disse Jair, que promete não deixar a morte do filho cair no esquecimento. “Não vai trazer nosso filho de volta. Mas vamos até o final para esclarecer a morte”, diz.
O autor do disparo, que não teve o nome revelado, foi preso em flagrante por homicídio. Ainda segundo o Exército, foi aberto um Auto de Prisão em Flagrante.
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