sábado, 10 de novembro de 2012

O delegado Marcelo Maia aguarda, na próxima segunda-feira, os depoimentos dos outros três jovens e de representantes da escola municipal na Tijuca onde a história ocorreu para encerrar o inquérito.

Garotos contestam versão de ato sexual em colégio e delegado afirma que os suspeitos devem ser alvo de medidas socioeducativas

Dois dos quatro jovens acusados de terem obrigado uma colega de 13 anos a praticar sexo oral neles, em sala de aula, declararam à polícia que o ato aconteceu de forma consensual. O caso aconteceu no último dia 26 e está sendo apurado pela Polícia Civil e pela Secretaria municipal de Educação.
De acordo com os depoimentos, prestados na Delegacia Da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), um dos meninos seria "cobiçado" pela menina. Ele teria dito a ele que, para ficar com ele, seria necessário praticar sexo oral em outros três meninos da turma. Todos têm 14 anos. Uma outra adolescente, da mesma idade, também teria participado da situação.
O delegado Marcelo Maia aguarda, na próxima segunda-feira, os depoimentos dos outros três jovens e de representantes da escola municipal na Tijuca onde a história ocorreu para encerrar o inquérito. O laudo do psicólogo que conversou com a vítima durante o registro da ocorrência também deve ficar pronto no início da semana e ajudará a solucionar o caso.
Revolta
A mãe de X., uma empresária de 32 anos, confirma que a filha gostava de um dos envolvidos no suposto estupro, desde abril, mas nega que o ato tenha acontecido em comum acordo.
— É claro que não foi consensual. Ela está com pavor, relatou que foi ameaçada, seguraram a cabeça dela. A maior decepção dela foi esse menino também ter participado disso — revoltou-se.
O delegado Marcelo Maia, informou, todavia, que, mesmo que seja concluído que o sexo oral não tenha sido praticado contra a vontade da menina, cabem medidas socioeducativas aos envolvidos. A jovem tem menos de 14 anos, e qualquer tipo de ato sexual é considerado estupro de vulnerável.
X. está afastada da escola desde o dia 26, quando contou para a mãe o ocorrido. Ela receberá um professor em casa para acompanhá-la nos últimos testes, de matemática, português e ciências. Os exames serão realizados nos dias 12, 13 e 14, respectivamente, no apartamento onde a adolescente mora com a família.

 

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