sexta-feira, 2 de novembro de 2012

As viagens domésticas estão conquistando cada vez mais os brasileiros. Pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) para o Ministério do Turismo mostra que 58,9 milhões de pessoas fizeram pelo menos uma viagem doméstica no último ano.

Na edição anterior, em 2007, eram 49,7 milhões. A alta foi de 18,5%, impulsionada, principalmente, pela inclusão do turismo na cesta de consumo da população de baixa renda, faixa que responde pelo maior salto, 21%.

Neste perfil se encaixa, por exemplo, a faxineira aposentada Antônia de Jesus Evangelista de Souza, 63, de Belo Horizonte. Ela conta que, depois de ficar 40 anos sem viajar, em janeiro de 2011 decidiu comprar um pacote para Morro de São Paulo, na Bahia. "Foram oito dias em um hotel cinco estrelas com tratamento de rainha", diz. Em janeiro último, a aposentada repetiu a experiência, dessa vez, entretanto, foi para Natal, no Rio Grande do Norte.

"Eu fiquei viúva muito cedo, com três filhos pequenos. Agora, o mais velho é casado e tem um comércio próprio. As minhas duas filhas estão formadas e trabalhando. Eu me aposentei. Sempre gostei de viajar, mas não tinha tempo e nem dinheiro. As agências estão parcelando os pacotes em mais vezes, então, chegou a minha vez de aproveitar", conta. Em janeiro do próximo ano, ela pretende conhecer as praias do Ceará.

A pesquisa da Fipe faz parte do Estudo da Demanda Turística Doméstica no Brasil 2012, que avaliou o perfil das viagens realizadas em 2011 por 39 mil famílias. Os dados revelam ainda que o número de viagens domésticas no Brasil saltou de 161 milhões em 2007 para 191 milhões em 2011.

Para o conselheiro da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav-MG), José Bráz, a estabilidade da economia interna, a flexibilidade nos pagamentos e as taxas de juros menores contribuem para o aumento das viagens no Brasil. As agências estão incrementando os pacotes domésticos, com mais opções e melhores condições de pagamentos.

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