A vendedora de cosméticos Marcela Amaral dos Santos, de 32 anos, casada e
mãe de um menino, relata que é obrigada a ''fazer tudo em casa'' porque não tem
dinheiro para pagar uma ajudante. ''Em casa, faço as tarefas todas, levo, passo,
cozinho. Meu marido até ajuda, mas sou eu quem faço tudo'', disse Marcela. ''É
um serviço muito desvalorizado porque são várias atividades que não têm
reconhecimento. [Sinceramente?] o serviço todo vale R$ 1 mil, no mínimo.''
A dona de casa Maria de Fátima Cardoso Oliveira, de 61 anos, casada e mãe
de quatro filhos, disse que nunca trabalhou fora e defende que o trabalho
doméstico seja reconhecido, pois ocupa ''praticamente todo o tempo'' de uma
pessoa.
''Nunca trabalhei fora, sempre fui dona de casa. Fazia tudo, lavava,
cozinhava. Tudo na casa quem faz sou eu. Meu marido era quem trabalhava, eu
mesmo ficava em casa cuidando dos filhos e agora com os netos. A gente em casa
faz muita coisa e é o dia inteiro cuidando disso e daquilo, a gente não tem
sossego'', disse ela.
A aposentada Maria de Lourdes Bispo, de 65 anos, casada e mãe de quatro
filhos, disse que quando trabalhava fora mantinha empregadas em casa, mas agora
tem apenas uma diarista duas vezes por semana. ''Nos outros dias, a gente vai se
virando porque somos só meu marido e eu em casa. Um dia eu cozinho outro dia é
ele e vamos indo assim''.
Sem obrigações domésticas fixas, a estudante Letícia Gomes Sampaio, de 23
anos, disse que, em geral, essas atividades são desempenhadas pela mãe, mas
reconheceu que vez por outra colabora com ela.
''De vez em quando eu lavo a louça e faço comida'', ressaltou a
estudante. ''Acho que teria de pagar mais do que um salário mínimo, porque é
muita coisa e é todo o dia. Lavar roupa, fazer comida e cuidar dos filhos. Acho
que esse trabalho vale uns R$ 2 mil por mês."
sábado, 3 de novembro de 2012
As mulheres costumam dizer que cumprem jornadas duplas e triplas diariamente, pois, além da atividade profissional fora de casa, desempenham várias atividades domésticas. Em Brasília, muitas mulheres reclamam que o trabalho doméstico é desgastante e desvalorizado. Independentemente do nível econômico, da idade e da escolaridade, as queixas são semelhantes.
As mulheres costumam dizer que cumprem jornadas duplas e triplas diariamente, pois, além da atividade profissional fora de casa, desempenham várias atividades domésticas. Em Brasília, muitas mulheres reclamam que o trabalho doméstico é desgastante e desvalorizado. Independentemente do nível econômico, da idade e da escolaridade, as queixas são semelhantes. Tweet this!
Postado por
HUGO MELLO
às
16:29
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