A combinação de taxas de juros elevadas, inflação persistente e aumento do calote pode armar uma bomba-relógio para os orçamentos domésticos. Mesmo com o crescimento acomodado nos últimos meses, as taxas de juros ao consumidor estão mais elevadas na comparação com o ano passado e, na semana passada, o Banco Central (BC) voltou a apontar alta na inadimplência. Segundo especialistas, com a inflação corroendo o poder de compra, a hora é de se livrar das dívidas e evitar ficar no vermelho.
A última pesquisa Focus (feita pelo BC com cerca de cem economistas) apontou pela primeira vez no ano a inflação medida pelo IPCA acima do teto da meta (6,5%), com projeção de 6,52% neste ano. O próprio BC já revisou sua estimativa para 6,4%. Nos últimos 12 meses, a inflação já superou o limite, registrando 7,33% no IPCA-15 de setembro, prévia do índice oficial.
De acordo com Fabio Gallo Garcia, professor de finanças da Fundação Getulio Vargas em São Paulo (FGV-SP), ao corroer o poder de compra, a inflação torna mais difícil a tarefa de fazer os gastos caberem no orçamento doméstico.
Livrar-se da dívida deve ser o primeiro passo
Para quem já está no vermelho, a recomendação é livrar-se logo da dívida para não afundar-se ainda mais. Gallo sugere, em primeiro lugar, tentar um acordo com o credor. Isso deve ser feito com a negociação de parcelas fixas ou trocando dívidas de taxas mais elevadas por outras mais baratas — por exemplo, pagando um débito no cheque especial (taxa média de 187,5% ao ano, segundo o BC) com uma linha de crédito pessoal (taxa de 49,6% ao ano e prestações previamente estabelecidas).
domingo, 2 de outubro de 2011
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