terça-feira, 18 de outubro de 2011

Estudos anteriores haviam mostrado que as mães desempenham um papel na opinião das crianças sobre as principais atitudes sexuais e responsabilidade sexual.

Segundo um novo estudo, meninos adolescentes que assistem muita TV e também tem uma estreita relação com a mãe são mais propensos a ter visões prejudiciais estereotipadas da mulher e do sexo.


Já para meninas coladas a TV, no entanto, um forte apego à mãe age como um amortecedor contra o efeito negativo da televisão do ponto de vista sexual.

Estudos anteriores haviam mostrado que as mães desempenham um papel na opinião das crianças sobre as principais atitudes sexuais e responsabilidade sexual.

Agora, pesquisadores belgos resolveram determinar se uma estreita relação com a mãe podia proteger os adolescentes dos efeitos negativos que a televisão tem sobre atitudes sexuais.

Os pesquisadores entrevistaram 1026 adolescentes de 16 anos de nove escolas na Bélgica, perguntando-lhes sua opinião sobre o compromisso nos relacionamentos, sexo casual e papéis de gênero tradicionais. Os adolescentes também responderam às perguntas de forma anônima sobre a quantidade de TV que assistiam em um dia, bem como seu nível de apego à sua mãe.

Os pesquisadores descobriram que, em média, os adolescentes assistiam mais de 23 horas de TV por semana, ou mais de três horas por dia.

E quanto mais eles assistiam TV, especialmente os meninos, mais propensos eram em apoiar o sexo casual, concordando com declarações como: “É normal ter relações sexuais com mais de uma pessoa de cada vez”.

Os mais observadores de TV também eram mais propensos a concordar com os estereótipos de gênero, tais como: “Os homens são sexualmente dominantes”.

Os autores do estudo observaram que programas de TV na Bélgica (e em muitos outros lugares do mundo) costumam conter mensagens sobre atividades sexuais recreativas, mas dificilmente mencionam os riscos e responsabilidades associados ao sexo.

A maioria dos programas de TV também representa papéis tradicionais de gênero, com homens retratados como dominantes, personagens sexualmente obcecadas e mulheres como objetos sexuais atraentes.

No geral, entre os adolescentes que não assistiam tanta TV, o apego materno mostrou ter uma influência positiva em suas atitudes sexuais. Para estes adolescentes, quanto mais ligados a mãe, menos eles concordavam com afirmações estereotipadas sobre papéis de gênero e sexo casual.

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