Há um ditado que diz: “Você é o que você come”. Eu, porém, desenvolvi outro que também é adequado ao nosso momento atual: “Você é o que você vê”.
Jesus, certa vez, disse que os nossos olhos são a lâmpada do nosso corpo:
São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão! Mateus 6:22 e 23.
Por isso, novamente, te faço a pergunta do início: quando você olha a sua volta, o que vê? Seus olhos vêem compaixão pelas pessoas (e compaixão não é pena, e sim se colocar no lugar de quem está sofrendo e sentir amor)? Você tem tido um olhar de misericórdia para aqueles que muitas vezes não possuem a mesma cultura, situação financeira ou até fé suficiente para crer no poder restaurador e pacificador de Deus? Como você encara o seu dia, como um fardo ou como um grande momento de vivê-lo na presença de Deus e que Nele milagres podem acontecer? Você sabe pensar com a mente de Cristo para responder e tomar a atitude certa e na hora certa? Consegue respirar tranqüilo? Consegue ver os problemas como oportunidades disfarçadas para a manifestação da graça do Senhor em sua vida?
Respire fundo. Relaxe os ombros. Viva um dia de cada vez.
Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta a cada dia o seu próprio mal. Mateus 6:34
Preste atenção. Dois homens, seriamente doentes, ocupavam o mesmo quarto em um hospital. Um deles ficava sentado em sua cama por uma hora todas as tardes para conseguir drenar o líquido de seus pulmões. Sua cama ficava próxima da única janela existente no quarto. O outro homem era obrigado a ficar deitado de bruços em sua cama por todo o tempo. Eles conversavam muito. Falavam sobre suas mulheres e suas famílias, suas casas, seus empregos, o envolvimento com o serviço militar, onde costumavam ir nas férias. E toda tarde, quando o homem perto da janela podia sentar-se, ele passava todo o tempo descrevendo ao seu companheiro as coisas que podia ver através da janela.
O homem na outra cama começou a esperar por esse período, quando seu mundo era ampliado e animado pelas descrições do companheiro. Ele dizia que da janela dava para ver um parque com um lago bem legal. Patos e cisnes brincavam na água, enquanto as crianças navegavam seus pequenos barcos. Jovens namorados andavam de braços dados no meio das flores, que possuíam todas as cores do arco-íris. Grandes e velhas árvores cheias de elegância na paisagem e uma fina linha podiam ser vistas no céu da cidade.
Quando o homem perto da janela fazia suas descrições, ele o fazia de modo primoroso e delicado, com detalhes, e o outro homem fechava os olhos e imaginava a cena pitoresca. Numa tarde quente, o homem perto da janela descreveu que havia um desfile na rua e, embora ele não pudesse escutar a música, podia ver e descrever tudo.
Dias e semanas se passaram. Certa manhã, a enfermeira do dia chegou trazendo água para o banho dos dois homens, mas achou um deles morto. O homem que ficava perto da janela morreu pacificamente durante o seu sono à noite. Ela estava entristecida. Chamou os atendentes do hospital para levarem o corpo. Assim que julgou conveniente, o outro homem pediu à enfermeira que mudasse sua cama para perto da janela. A enfermeira ficou feliz em poder fazer esse favor àquele homem e, depois de verificar que ele estava confortável, o deixou sozinho no quarto.
Vagarosa e pacientemente, ele se apoiou no cotovelo para conseguir olhar pela primeira vez pela janela. Finalmente, ele poderia ver tudo por si mesmo. Ele se esticou ao máximo, lutando contra a dor para poder olhar através da janela. Quando conseguiu fazê-lo, deparou-se com um muro todo branco.
Ele, então, perguntou à enfermeira o que teria levado seu companheiro a descrever-lhe coisas tão belas, todos os dias, se pela janela só dava para ver um muro branco. A enfermeira respondeu que aquele homem era cego e não poderia ver nada, mesmo que quisesse. Talvez ele só estivesse pensando em distraí-lo e alegrá-lo um pouco mais com suas histórias.
Você é... O que você vê.
Enxergue corretamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário