quarta-feira, 11 de maio de 2011

Você é... O que você vê.

Quando você olha a sua volta, o que vê? Qual a sua reação em relação aos momentos diários que fazem parte de sua vida? No contemplar pessoas e problemas que cruzam a sua frente no frenesi diário, as atitudes muitas vezes rápidas que você toma nos momentos de decisão de sua vida, têm sido corretas ou meras reações impensadas sem nenhuma preocupação no que irá refletir depois?




Há um ditado que diz: “Você é o que você come”. Eu, porém, desenvolvi outro que também é adequado ao nosso momento atual: “Você é o que você vê”.



Jesus, certa vez, disse que os nossos olhos são a lâmpada do nosso corpo:



São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão! Mateus 6:22 e 23.



Por isso, novamente, te faço a pergunta do início: quando você olha a sua volta, o que vê? Seus olhos vêem compaixão pelas pessoas (e compaixão não é pena, e sim se colocar no lugar de quem está sofrendo e sentir amor)? Você tem tido um olhar de misericórdia para aqueles que muitas vezes não possuem a mesma cultura, situação financeira ou até fé suficiente para crer no poder restaurador e pacificador de Deus? Como você encara o seu dia, como um fardo ou como um grande momento de vivê-lo na presença de Deus e que Nele milagres podem acontecer? Você sabe pensar com a mente de Cristo para responder e tomar a atitude certa e na hora certa? Consegue respirar tranqüilo? Consegue ver os problemas como oportunidades disfarçadas para a manifestação da graça do Senhor em sua vida?



Respire fundo. Relaxe os ombros. Viva um dia de cada vez.



Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta a cada dia o seu próprio mal. Mateus 6:34



Preste atenção. Dois homens, seriamente doentes, ocupavam o mesmo quarto em um hospital. Um deles ficava sentado em sua cama por uma hora todas as tardes para conseguir drenar o líquido de seus pulmões. Sua cama ficava próxima da única janela existente no quarto. O outro homem era obrigado a ficar deitado de bruços em sua cama por todo o tempo. Eles conversavam muito. Falavam sobre suas mulheres e suas famílias, suas casas, seus empregos, o envolvimento com o serviço militar, onde costumavam ir nas férias. E toda tarde, quando o homem perto da janela podia sentar-se, ele passava todo o tempo descrevendo ao seu companheiro as coisas que podia ver através da janela.



O homem na outra cama começou a esperar por esse período, quando seu mundo era ampliado e animado pelas descrições do companheiro. Ele dizia que da janela dava para ver um parque com um lago bem legal. Patos e cisnes brincavam na água, enquanto as crianças navegavam seus pequenos barcos. Jovens namorados andavam de braços dados no meio das flores, que possuíam todas as cores do arco-íris. Grandes e velhas árvores cheias de elegância na paisagem e uma fina linha podiam ser vistas no céu da cidade.



Quando o homem perto da janela fazia suas descrições, ele o fazia de modo primoroso e delicado, com detalhes, e o outro homem fechava os olhos e imaginava a cena pitoresca. Numa tarde quente, o homem perto da janela descreveu que havia um desfile na rua e, embora ele não pudesse escutar a música, podia ver e descrever tudo.



Dias e semanas se passaram. Certa manhã, a enfermeira do dia chegou trazendo água para o banho dos dois homens, mas achou um deles morto. O homem que ficava perto da janela morreu pacificamente durante o seu sono à noite. Ela estava entristecida. Chamou os atendentes do hospital para levarem o corpo. Assim que julgou conveniente, o outro homem pediu à enfermeira que mudasse sua cama para perto da janela. A enfermeira ficou feliz em poder fazer esse favor àquele homem e, depois de verificar que ele estava confortável, o deixou sozinho no quarto.



Vagarosa e pacientemente, ele se apoiou no cotovelo para conseguir olhar pela primeira vez pela janela. Finalmente, ele poderia ver tudo por si mesmo. Ele se esticou ao máximo, lutando contra a dor para poder olhar através da janela. Quando conseguiu fazê-lo, deparou-se com um muro todo branco.



Ele, então, perguntou à enfermeira o que teria levado seu companheiro a descrever-lhe coisas tão belas, todos os dias, se pela janela só dava para ver um muro branco. A enfermeira respondeu que aquele homem era cego e não poderia ver nada, mesmo que quisesse. Talvez ele só estivesse pensando em distraí-lo e alegrá-lo um pouco mais com suas histórias.



Você é... O que você vê.



Enxergue corretamente.






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