segunda-feira, 2 de maio de 2011

Conselho da ONU classifica morte de Bin Laden como "avanço crucial"

 O Conselho de Segurança das Nações Unidas recebeu com satisfação a notícia da morte do líder da Al Qaeda, Osama bin Laden. Em declaração conjunta, os membros do Conselho foram unânimes em classificar o ato como um "avanço crucial".

 "O Conselho de Segurança recebe com satisfação a notícia de que Osama bin Laden nunca mais poderá cometer atos de terrorismo e reafirma que o terrorismo não pode nem deve ser associado a nenhuma religião, nacionalidade ou grupo", disse o embaixador francês, Gerar Araud, presidente de turno do Conselho, ao ler a declaração.

Os membros do Conselho acreditam que os países devem atuar em condições que favoreçam a propagação do terrorismo para "prevenir, neutralizar, reduzir e isolar as ameaças". Pediram, no entanto, que todas as medidas respeitem as obrigações dos países em relação ao direito internacional e os direitos humanos.

"Não se poderá vencer o terrorismo apenas mediante a força militar, medidas judiciais ou operações de inteligência, mas mediante uma aproximação contínua e exaustiva que contemple a participação ativa dos Estados, das organizações internacionais e regionais e da sociedade civil", indicou a declaração.
O anúncio do Conselho segue os pronunciamentos do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e do presidente da Assembleia Geral, Joseph Deiss, sobre o assunto.

"A morte de Osama bin Laden anunciada pelo presidente (Barack) Obama é um marco na luta contra o terrorismo", afirmou Ban, acrescentando que "a ONU seguirá adiante nesse trabalho e vai continuar liderando a campanha (contra o terrorismo) junto dos líderes mundiais".

Na mesma linha, declarou Deiss, reiterando o compromisso do organismo internacional na luta antiterrorista, insistiu que "o terrorismo é inaceitável em todas as suas formas e manifestações".
O anúncio da morte de Osama Bin Laden -- apontado como responsável pelo ataque de 11 de setembro de 2001 em NY -- levou americanos às ruas em comemoração. Líderes de todo o mundo saudaram o fim do líder da rede Al Qaeda no que consideraram ser uma vitória contra o terrorismo.

O fato gerou, entretanto, um alerta geral em países e embaixadas pelo mundo diante da possibilidade de ataques em retaliação à morte de Bin Laden.
Militares americanos mataram Bin Laden em sua mansão, em Abbottabad, a cerca de 50 km da capital paquistanesa. A ação durou 40 minutos e contou com 20 homens, em três helicópteros.
O governo dos EUA confirmou nesta tarde que, seguindo tradições islâmicas, o corpo de Bin Laden foi lançado ao mar  às 2h no horário de Washington (18h de domingo em Brasília),  depois da confirmação de sua identidade.

Ele relatou que além dos testes de identidade, a esposa de Bin Laden o identificou pelo nome quando os militares estavam na residência. Segundo o assessor de segurança nacional do presidente americano, John Brennan, o líder a teria usado como escudo no momento da invasão americana.

Montagem mostra o complexo residencial onde Bin Laden morava e uma das camas

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