Premiê de Israel admitiu que país não está preparado para combater o fogo
Israel começa a receber nesta sexta-feira equipes de combate a incêndio estrangeiras para ajudar a debelar um incêndio florestal que já matou ao menos 41 pessoas.
O incêndio, iniciado na quinta-feira, continua se alastrando e ameaça zonas residenciais nas imediações de Haifa, a terceira maior cidade de Israel.
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, admitiu nesta sexta-feira que o país 'não está preparado para enfrentar um incêndio destas dimensões'.
Os esforços das autoridades israelenses para conter as chamas e impedir que elas atinjam bairros residenciais estão sendo prejudicados por fortes ventos secos na região.
Países europeus como Grécia, Bulgária, França, Rússia, Espanha, Chipre, Croácia e Alemanha responderam positivamente aos pedidos de ajuda lançados pelo governo e começaram a enviar aviões, helicópteros e equipes especializadas para auxiliar no combate ao incêndio.
A Turquia também enviou dois aviões, apesar de passar por um período de relações conturbadas com Israel. O Egito prometeu enviar helicópteros, e a Jordânia deverá enviar carros de bombeiros.
De acordo com a avaliação do chefe do Estado Maior do Exército israelense, general Gabi Ashkenazi, com a chegada dos aviões estrangeiros 'o fogo poderá ser extinto até a noite desta sexta-feira'.
No entanto, o comandante do Corpo de Bombeiros, Shimon Romah, disse que as operações poderão durar 'alguns dias'.
Moradores retirados
O incêndio começou na quinta-feira, no bosque Carmel, ao sul de Haifa, e rapidamente se alastrou, ameaçando cidades e vilarejos na região.
Um ônibus que transportava quarenta policiais penitenciários foi tomado pelas chamas, e todos os passageiros morreram.
Os policiais estavam a caminho da cadeia de Damun, também ameaçada pelo incêndio, para ajudar na transferência de presos palestinos para outras prisões.
A morte dos policiais chocou os israelenses, e vários líderes políticos exigiram a formação de uma comissão de inquérito para investigar se houve falhas do governo no episódio.
Durante a noite, as autoridades retiraram mais de 15 mil habitantes de suas casas, nas áreas mais ameaçadas pelo fogo.
Os focos principais do incêndio são na cidade de Tirat Hacarmel, ao sul de Haifa, no vilarejo druso de Ussafia, a sudeste, e nas imediações de Denia, um bairro nobre de Haifa.
Os habitantes foram encaminhados a escolas e centros comunitários, onde passaram a noite.
O despreparo das autoridades para lidar com incêndios dessa natureza causou duras críticas da mídia e de políticos.
O país não possui aviões especializados no combate a incêndios florestais, apenas aviões fumigadores adaptados.
Estoques de produtos químicos usados em extinção de incêndio terminaram em questão de horas e o governo teve que pedir que outros países enviassem as substâncias com urgência.
Bombeiros entrevistados pela mídia local disseram que tiveram que combatem o fogo
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