Piores indicadores estão em Norte e Nordeste; Ministério da Saúde anuncia plano de ação
Um exame ginecológico chamado papanicolaou, feito uma vez por ano, seria suficiente para mudar uma realidade brasileira que persiste há anos: o diagnóstico tardio do câncer de cólo de útero, com pouca chance de cura, ainda faz parte do quadro de 44% das pacientes com a doença.
Os novos dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional do câncer (Inca), dia 26, véspera do Dia Mundial de Combate ao Câncer. A descoberta avançada da doença, que amplia a mortalidade e faz com que este tipo de tumor seja o segundo mais letal para o sexo feminino, permanece em níveis inaceitáveis, mas melhorou quando comparada às décadas passadas. Em 1990, 70% das mulheres recebiam a notícia do câncer de cólo de útero em estágio de difícil reversão.
Para tentar melhorar mais as condições de tratamento das pacientes femininas, o Ministério da Saúde anunciou hoje um novo plano de ação, com custos de R$ 115 milhões, para ampliar a rede de atendimento, capacitar médicos para tratar o HPV (vírus sexualmente transmissível, que pode evoluir para o câncer) e incentivar as mulheres ao comportamento preventivo – uso de camisinha e visita aos médicos são os principais.
Segundo o Ministério, o foco de ação será nas regiões Norte e Nordeste, que ostentam índices ainda maiores de diagnóstico tardio de câncer de cólo de útero. De acordo com informações dos Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP), em Manaus e em Palmas, extremo Norte do país, a taxa de novos casos da doença para cada cem mil mulheres é de 50,59 e 49,38, respectivamente. Já em Porto Alegre, extremo Sul, é de 20,05 para cada cem mil mulheres e em São Paulo, no Sudeste, é de 16,47.
Nestes mesmos locais, segundo o Inca, o risco de uma mulher morrer por esta doença é duas vezes maior quando comparado ao registrado nas regiões Sudeste e Sul.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
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