O homem acusado de planejar os ataques de 11 de setembro, Khalid Sheikh
Mohammed, compareceu hoje (5) a um tribunal militar no campo de prisioneiros da
Baía de Guantánamo, em Cuba. O advogado de defesa alegou que o acusado não vai
se pronunciar, por estar preocupado com a imparcialidade do processo.
Quando Sheikh Mohammed e os mais quatro suspeitos de envolvimento nos ataques
se recusaram a colocar os fones de ouvido para escutar as acusações contra eles,
em árabe, o juiz suspendeu a sessão até que um intérprete fosse levado ao local
para traduzir o que estava sendo dito para todos os presentes no tribunal.
Os cinco acusados serão indiciados pelo assassinato de 2.976 pessoas nos
ataques com aviões sequestrados em Nova York, Washington e Shanksville, na
Pensilvânia. Eles também enfrentarão acusações relacionadas a terrorismo,
sequestro e à conspiração e podem receber a pena de morte, se condenados.
Esta é a segunda tentativa de julgar Khalid Sheikh Mohammed. A primeira foi
suspensa quando o presidente Barack Obama foi eleito. Obama queria substituir os
tribunais militares de Guantánamo por cortes civis, mas foi vencido pela
oposição no Congresso.
Novas regras impedem o uso de provas obtidas por meio de tortura, como a
técnica de afogamento conhecida como waterboarding, que era utilizada
pela CIA, o serviço secreto americano.
Ainda assim, advogados de defesa alegam que os tribunais militares não têm
legitimidade, devido à restrição de acesso a seus clientes.
sábado, 5 de maio de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário