O apresentador fala sobre seus 23 anos na TV, como a vez em que puxou o cabelo de Silvio Santos, e lamenta a despedida de Ronaldo
Esqueça aquele apresentador agitado que corre de um lado para o outro no centro do estúdio, indagando “Quem tem pergunta? Quem tem pergunta?”, e logo dá a voz para o jovem entrevistado com o bordão “Fala, Garoto!”. Longe das câmeras, Sergio Groisman não tem toda aquela agitação. Ao menos visível aos olhos. Dono de uma voz baixa, fala pausada e tranquilidade corporal, Serginho tem sim é uma inquietação mental. Está sempre em busca de conhecimento. “Tenho que estar sempre bem informado. Eu acho que, às vezes, o meu defeito é não estar tão bem informado quanto eu precisaria para conversar direito com as pessoas”, afirma o apresentador do programa "Altas Horas", da Rede Globo, aos surpreendentes 60 anos de idade.
Serginho só altera o tom de voz quando fala de futebol. Principalmente, quando seu time do coração, o Corinthians, está envolvido no assunto. Na semana em que Ronaldo anunciou sua aposentadoria, não escondeu a decepção. “Fiquei triste porque ele saiu nesse momento que alguns caras foram lá, em nome de uma torcida, mas nunca foi em meu nome. Não me senti representado”, lamentou.
Seu programa vai ao ar nas madrugadas de sábado. Mas o apresentador é visto no prédio da emissora, em São Paulo, de segunda à sexta-feira. Ele comanda toda a produção direto de sua sala repleta de porta-retratos, canecas, quadros de diferentes momentos de sua carreira e presentes recebidos de entrevistados, como um violão. Serginho folga aos finais de semana, quando não está viajando a trabalho. Mas no horário da atração, acompanha tudo também pelo Twitter.
Além do "Altas Horas", comanda o “Ação”, também na Globo; o “Tempos de Escola”, na TV Cultura; e o “Alô, Brasil”, que entra no lugar dos comerciais para TV via satélite. “E vou fazendo outras coisas na vida também. Nunca fico só fazendo televisão ou só assistindo televisão”, esclarece.
O filme “Fiel” e o livro sobre “Meu Pequeno Corintiano” fazem parte desses projetos. “Ainda vendo esse livro, ganho uns R$ 400 de royalties pelas vendas”, comentou. E com seus bordões que o acompanham em todas as emissoras, também fatura alguma coisa? A resposta vem com uma risada e uma história. Em tempo de SBT, o apresentador sugeriu a Silvio Santos que o nome do programa fosse “Fala, Garoto”, o que foi negado pelo patrão. “Ele falou: ‘não! Vai ser Força. Jovem’. E eu disse que parecia torcida organizada. Daí lembrei que, quando eu ia ao cinema, por causa da censura, tinha um selo antes de começar o filme escrito “Programa Livre”. Dei esse nome por causa disso. E o ‘Fala, Garoto’, o Silvio sabiamente, pegou e registrou para o SBT. Nunca poderei ter um programa com esse nome”.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
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