domingo, 4 de novembro de 2012

Segundo dia de prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) apresentou questões bem elaboradas e que exigia do aluno mais compreensão e interpretação de textos

"Assim como a edição de 2009, tinha uma quantidade enorme de questões grandes e cansativas. O exame abordou diversas linguagens --como quadrinhos, letras de música e poesias-- mas a prova é longa e cansativa, o que atrapalha até os alunos que são bons leitores".
Para o professor de português Francisco Achcar, do cursinho Objetivo, a prova privilegiou os aspectos sociais e exigiu do aluno compreensão de texto e sensibilidade. "Nenhuma questão exigiu conhecimento de gramática e nem de literatura. Haviam questões com textos literários e linguísticos que exigiam que o aluno fosse um bom leitor. Quem não tem prática de leitura não se deu bem na prova", disse o professor.
Para Cristina Armaganijan, coordenadora de inglês do cursinho Objetivo, a prova deste ano mostrou uma evolução. Os textos foram mais curtos, criativos e diversificados. "Não adianta fazer uma prova difícil ou muito simples. Precisa fazer uma prova que consiga selecionar os melhores".
"Os alunos tiveram textos com vocabulários simples e atuais destinados aos alunos do ensino médio. Entre os assuntos abordados havia uma citação do primeiro-ministro britânico, uma do músico Jimi Hendrix ("Quando o poder do amor superar o amor pelo poder, o mundo vai conhecer a paz"), uma poesia de superação que abordava o negro na sociedade, uma sobre a escritora J.K. Rowling. Apenas um cartum apresentava uma linguagem mais complicada", disse Armaganijan.
No Anglo, a prova de literatura foi bastante elogiada pelos professores. Mas os enunciados longos podem ter feito muitos estudantes correrem contra o tempo, diz Luís Ricardo Arruda, coordenador-geral do Anglo.
Os professores do Anglo consideraram também o nível das provas de inglês e de espanhol muito altos --o aluno teve que optar por uma.
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
"A prova de matemática representa um amadurecimento em relação ao exame anterior. O conteúdo foi amplo, abrangeu todas as áreas de conhecimento. Além disso, as questões não tinham números quebrados, que exigiam um trabalho braçal desnecessário. A prova foi muito bem elaborada e cumpriu todos os propósitos do Enem", afirmou Célio Tasinafo, diretor pedagógico do cursinho Oficina do Estudante
Segundo o professor de Matemática do cursinho Objetivo, Giuseppe Nobilioni, a prova foi bem elaborada e contemplou os principais conteúdos do ensino médio tendo questões entre baixa e alta complexidade. "Os estudantes tiveram questões que envolviam gráficos, cálculos de áreas e, em algumas, bastava o aluno ler o enunciado para respondê-la. Apesar de não serem difíceis, duas perguntas --uma sobre Matrizes e outra sobre estatística de desvio padrão-- não eram tão familiares ao aluno", argumentou Nobilioni.
O professor também destacou que na edição deste ano, as questões de matémática não estavam mescladas em relação ao nível de dificuldade. Na edição do ano passado, as questões estavam em ordem crescente de dificuldade. "Este ano, as questões mais curtas e bem escritas, exceto as questões 146 e 143 (prova amarela) que tinham o enuncioado muito claro. Mas, nada que prejudicasse o aluno".

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