quarta-feira, 28 de março de 2012

UM GRANDE BRASILEIRO,...Morre aos 88 anos o escritor Millôr Fernandes.

O escritor carioca Millôr Fernandes morreu aos 88 anos, às 21h de terça (27), no Rio de Janeiro. Ele estava em sua casa, em Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro. Segundo Ivan Fernandes, filho do escritor, ele teve falência múltipla dos órgãos e parada cardíaca.

Segundo a família, o velório está agendado para quinta (29), das 10h às 15h, no cemitério Memorial do Carmo, no Caju, Zona Portuária do Rio de Janeiro. O escritor será cremado. No ano passado, ele foi internado duas vezes na Casa de Saúde São José, no Humaitá. Além de escritor, ele também se dedicou ao desenho, à dramaturgia e ao jornalismo.

Millôr era filho de imigrante espanhol e teve uma infância difícil. Depois de perder os pais muito cedo, ele e os irmãos foram morar com um tio materno. Ele começou a colaborar com a revista O Cruzeiro aos 14 anos. Sua primeira exposição de desenhos foi no Museu de Arte Moderna, em 1957. No fim dos anos 1960, teve destaque ao fundar o revolucionário jornal "O Pasquim", um dos veículos a fazer oposição à ditadura militar. Na imprensa alternativa, também é lembrado por ser o criador do jornal Pif Paf, que durou apenas oito edições.

Nos anos seguintes, Millôr escreveu peças de teatro e se tornou o principal tradutor das obras do britânico William Shakespeare no Brasil. Ainda passou para português textos clássicos de Sófocles, Molière, Bertold Brecht e Tennessee Williams. Foi colaborador da revista "Veja" e de vários jornais, entre eles, "O Globo" e "O Estado de São Paulo". Desde 2000, ele – que se chamava de "escritor sem estilo" – mantinha um site pessoal, em que escrevia textos de humor e cartuns, além de reunir trabalhos dos últimos 50 anos. Seu perfil no microblog Twitter já tinha mais de 285 mil seguidores.

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