quarta-feira, 28 de março de 2012

Fim dos salários extras passará agora pela análise dos 81 senadores

Quase ninguém acreditava, mas os senadores, pressionados pela opinião pública, deram, na manhã de ontem, o primeiro passo para acabar com a regalia histórica do 14º e do 15º salários. Mais de um ano depois de o projeto que determina o fim da mordomia ser apresentado no Senado, os 27 integrantes da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovaram a matéria por unanimidade. Utilizaram o argumento da isonomia e, sobretudo, da economia gerada pelo corte dos extras, para atacar uma benesse que permanecia intocável desde a Constituição de 1946. Em nome do exemplo de austeridade a ser dado ao Brasil, mesmo com atraso de mais de meio século, os senadores prometeram trabalhar para levar a matéria ao plenário o mais rápido possível. A expectativa é de que, em até 15 dias, a proposta seja apreciada pelos 81 parlamentares da Casa. O prazo considerado razoável é de um mês. Antes, como é de praxe, passa pela Comissão da Mesa Diretora.

Colocado como o primeiro ponto a ser votado, os senadores aprovaram a inversão da pauta e a proposta só foi apreciada no fim da reunião deliberativa. O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) chegou a questionar se o projeto da então senadora e atual chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, seria mesmo votado. Na semana passada, um pedido de vista do senador Ivo Cassol (PP-RO) adiou a votação por uma semana. Ontem, em virtude do adiantar da hora, houve rumores de que, novamente, a extinção dos extras seria empurrada para a próxima semana. 

Nenhum comentário: