Sylvia, Carla e Zica são três mulheres que também começaram assim. Em comum, elas têm a origem pobre, o trabalho duro, e o empreendedorismo. Hoje, têm também negócios que faturam milhões de reais por ano.
Conheça a história de três brasileiras que vieram da pobreza e se tornaram milionárias através do próprio trabalho.
Para ficar linda, ela ficou rica
Mais de 70 mil clientes entregam madeixas rebeldes todo mês à Beleza Natural, tornando Zica uma das mais bem sucedidas empresárias do setor no Brasil
“O teu cabelo não nega, mulata.” O verso de Lamartine Babo é politicamente incorreto para os padrões de hoje, mas desde os anos 1990, Heloísa Helena Belém de Assis, a Zica, 50, não queria disfarçar seus crespos. “Nasci na Tijuca, na comunidade de Catrambi. Venho de uma família muito humilde. Comecei a trabalhar com 9 anos.” Filha do meio na fileira de 13 do pai biscateiro e da mãe lavadeira, Zica começou fazendo entregas de roupa lavada. “Sou a do meio, seis acima e seis abaixo”, se diverte.![]() |
Os cachos de Zica ficaram como ela sempre quis, e a conta bancária, como nunca imaginou |
A ex-sacoleira que ficou milionária
Empresária que vendia água na porta da faculdade construiu império com 160 clínicas odontológicas espalhadas pelo Brasil
Você já ouviu falar em Carla Sarni? Talvez não, mas as chances de conhecer a rede de clínicas odontológicas que ela fundou são maiores. A Sorridents, maior rede da América Latina, está presente em mais de 125 localidades do país. Em breve, este número aumentará para 160, já que muitas franquias vendidas estão em fase de implantação. Mas aos 37 anos ela quer mais. Está de olho no mercado de Portugal e Angola. O objetivo é um só: ser a maior do mundo no ramo.
![]() |
Carla Sarni, dona da rede odontológicas Sorridents |
“Sempre tive o dom para os negócios. Quando eu tinha uns 12 anos ganhei da minha mãe alguns carretéis com linha. Coloquei dentro de uma bacia e fui para a frente do mercado central da minha cidade. Levei duas cadeiras e ficava chamando as pessoas com a frase ‘entra, entra freguesia, chucha dinheiro na bacia’. Vendi tudo e comprei uma bicicleta cor de rosa”, conta a empresária com um bom-humor muito característico.
Fantasia de mulher-gato traz fama e dinheiro a comerciante
Sylvia foi de menina pobre que andava de jegue na infância a empresária do ramo moveleiro que dá autógrafos e tira fotos como celebridade
Quando conseguiu seu primeiro emprego em São Paulo, como empacotadora no departamento de brinquedos de uma loja, ela precisou fazer um crachá onde constaria seu nome. O verdadeiro é Josefa. O problema, segundo ela, era que este nome não serviria para seu objetivo de vida: destacar-se. Então, ela escolheu Sylvia. Por que com “y”? “Eu achei que era diferente, como eu. Nunca quis ser igual aos outros”, afirma Sylvia Araújo, ou melhor, Sylvia Design.
![]() |
Josefa Araújo, que se tornou a Sylvia Design, em uma de suas lojas na zona norte de São Paulo |
Nenhum comentário:
Postar um comentário