quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Passa de 380 o número de mortos
Subiu para 359 o número de mortos em decorrência das chuvas que atingem a região serrana do Estado do Rio de Janeiro desde a tarde de terça-feira (11). A assessoria de imprensa da Prefeitura de Teresópolis informou às 9h50 desta quinta-feira (13) que 152 pessoas morreram no município. Segundo o prefeito de Petrópolis, Paulo Mustrangi, a cidade registra 39 mortos. A assessoria da Prefeitura de Nova Friburgo informou às 9h34 que 168 pessoas morreram na cidade.
Boletim da Defesa Civil de Teresópolis informou que até as 9h50 desta quinta, foram registradas 2.500 pessoas entre desabrigados e desalojados. Há ainda centenas de desaparecidos. O bairro mais atingido foi o Caleme. Mas, em Campo Grande e na Posse, a situação também está crítica.
Equipes da Defesa Civil estão trabalhando desde as 5h da manhã no resgaste às vítimas e no encaminhamento de desabrigados para o Ginásio Poliesportivo Pedro Jahara, mais conhecido como "Pedrão", na rua Tenente Luiz Meirelles, 211, no Centro.
Esse é o maior desastre de toda a história de Teresópolis. O número de vítimas pode aumentar. Nossa maior dificuldade é a questão do acesso. Ao todo, são mil homens trabalhando.
Em Nova Friburgo, o número de mortos também já passa de cem, entre as vítimas estão três bombeiros. Em Petrópolis, as mortes ocorreram nas localidades Ponte Vermelha, Gentil, Madame Machado e Brejal, de com o último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Estado. As autoridades acreditam que o número de mortes na cidade pode passar dos 40.
A presidente Dilma Rousseff assinou nesta quarta-feira (12) a medida provisória que libera R$ 780 milhões em créditos extraordinários para os municípios afetados pelas fortes chuvas que atingiram o Rio de Janeiro, São Paulo e outras localidades.
Problemas antigos
A população das localidades de Benfica e Vale do Cuiabá, em Itaipava, distrito de Petrópolis, na região serrana do Rio, está acostumada a sofrer com a força das chuvas. Quem mora próximo ao rio Santo Antônio sente mais os efeitos das cheias. No entanto, os relatos dos sobreviventes dizem que nunca a água chegou ao nível que alcançou desta vez.
Nério da Costa Mesquita, de 83 anos, alugava uma casa em Benfica e perdeu tudo. Só lhe restou a roupa do corpo.
- Começamos a levantar as coisas, mas não imaginamos que a água ia subir tanto. Foi muita água. Agora tenho de esperar, sem água [para beber], sem mantimento, sem nada.
O proprietário da casa de Mesquita, Nilson Moreira de Macedo, que mora no mesmo terreno, também mantinha uma oficina na área. Ele perdeu o local onde morava e todos os objetos de trabalho.
- Não afetou só minha casa, mas o local de trabalho. Moro aqui há 35 anos. Nunca vi nada assim.
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