quinta-feira, 26 de julho de 2012

Apesar da recente alta, o real ainda estaria sobrevalorizado em mais de 10% em relação ao dólar, conforme indica o famoso índice Big Mac, publicado na edição desta semana, na revista The Economist.

A pesquisa consiste em confrontar os diferentes preços do famoso sanduíche do McDonald's em diferentes partes do mundo. Enquanto que, nos Estados Unidos, cuja moeda é usada como referência para indicar a sobrevalorização ou subvalorização em relação às demais, o hambúrguer custava US$ 4,33; no Brasil, o alimento pode ser comprado por US$ 4,94. Como o sanduíche é um produto existente em quase todo o mundo, o índice pode ser usado como um comparativo sobre a diferença de custo de produção nos diversos países. Se, na China o Big Mac é o mais barato, outras mercadorias, inclusive de exportação, também são.
Segundo o índice, se hoje, com o real a US$ 0,49, o Big Mac custa US$ 4,93, então a moeda brasileira precisaria cair 12% (para US$ 0,43) para que o sanduíche feito no Brasil atingisse o mesmo preço em dólares daquele feito nos EUA. Por outro lado, o dólar deveria subir 14%, para atingir US$ 2,33.
A diferença fica ainda maior se comparado com os países onde a moeda está desvalorizada. Para o Big Mac brasileiro chegar ao mesmo preço do produto fabricado na China em dólares (que custa apenas US$ 2,45), o real deveria cair 51%, para US$ 0,24. Ou o dólar subir mais de 100%, para US$ 4,17.
Vale ressaltar que, além do câmbio, outras variáveis, como impostos, produtividade e custos diversos, também podem tornar um país mais ou menos competitivo.

Nenhum comentário: